Completamente desarmados. Acentos no Cine-Teatro Ópera passam a maior parte do tempo nesta triste condição. Uma cidade que mantém viva a cena cultural graças aos esforços de um pequeno, insistente e sonhador grupo, porém, que luta contra a burrice e a falta de vontade de 'Senhores' e 'Senhoras' desta província da pseudo-elite.
Para estes, uma imagem borrada, sem representatividade alguma, que traz ojeriza quando nestes bancos são obrigados a descansar seus enormes quadris, mas que para tantos outros, traz à tona o cheiro e o gosto da poeira, o frio da escuridão e a vontade de reverter tal quadro.
Certa vez ouvi da boca de uma 'secretária' que a arte, se apresentada aos seu público, seria um mero produto comercializado em Mercado Persa, oferecido por seus produtores como quem vende calcinhas e cosméticos.
Revoltante e digno de repúdio, porém, como devo sempre ser lembrado, nesta província não se fala à mesa daqueles que se alimentam deste lugar. Resta-nos apenas sobreviver das migalhas. O pior é saber que assim como você, eu tenho culpa nisso. Timos a escolha e, infelizmente, parace que sempre escolhemos o Errado.
Texto e foto: Christopher Eudes
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